"Não importa o quanto você sabe...
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A aprender... "

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

DOENÇA DE PARKINSON - 1

Olá, seguidores e colegas. Inicio pedindo desculpas pela demora de nova postagem. Ainda não perdi o mal-hábito de tentar abraçar o mundo de uma vez só. Com isso, várias vezes me vejo cheia de compromissos ( que eu mesma assumi) sem conseguir resolver todos de uma só vez... Mas ainda sou nova, e vou aprender!


DOENÇA DE PARKINSON (DP)

A Doença de Parkinson, descrita pela primeira vez por James Parkinson em 1817, é caracterizada por uma desordem progressiva do movimento devido à disfunção dos neurônios secretores de dopamina nos gânglios da base, que controlam e ajustam a transmissão dos comandos conscientes vindos do córtex cerebral para os músculos do corpo humano. Não somente os neurônios dopaminérgicos estão envolvidos, mas outras estruturas produtoras de serotonina, noradrenalina e acetilcolina estão envolvidos na gênese da doença.


A doença pode manifestar-se pela quinta ou sexta década da vida, e só excepcionalmente mais cedo. A sua incidência aumenta com a idade constituindo esta, só por si, um fator de risco. É previsível, portanto, que o número de pessoas com doença de parkinson venha a aumentar à medida que aumenta a expectativa de vida. Afeta ambos os sexos com ligeira preponderância para o sexo masculino.



O quadro clínico não se inicia sempre da mesma maneira em todos os doentes. Em 70% dos casos a doença começa por tremor localizado geralmente a um membro superior que atinge depois o outro membro do mesmo lado. Este tremor pode ficar confinado a metade do corpo durante meses ou anos só depois se estendendo ao outro lado. O tremor ocorre quando os membros estão em repouso e desaparece quando o doente executa movimentos, por exemplo, levar um copo à boca. Pode localizar-se a outras partes do corpo como a língua ou os lábios. Além do tremor, são manifestações da DP a bradicinesia ( lentidão nos movimentos) e rigidez muscular ( dificuldade de relaxamento dos músculos). A estes sintomas chamamos de "sinais cardinais", característicos da DP, no entanto, outras manifestações acometem os parkisonianos, como a instabilidade postural, levando à uma postura em flexão anterior de tronco, alteração na marcha, com menor cadência, base de apoio diminuída, e necessidade do estímulo visual para manutenção do movimento e equilíbrio. O parkisoniano torna-se incapaz de realizar duas atividades simultaneamente, como calçar sapatos e conversar por exemplo. Mas Teixeira e Alouche (2007) concluem em seu trabalho de revisão que a prática de atividades simultâneas na DP é essencial para minimizar a deficiência.
O diagnóstico da DP é clínico, pois não há nenhuma análise laboratorial, qualquer exame radiológico ou outro que o possa revelar. Dizendo de outro modo não se encontrou ainda um marcador biológico da doença. Isto tem levado à necessidade de estabelecer critérios de diagnóstico clinico a que um quadro deve obedecer para se considerar uma DP. Alguns destes critérios foram discutidos e são seguidos pelos médicos que se dedicam à DP. São instrumentos de trabalho indispensáveis à prática clínica e também à investigação. Para o estabelecimento do grau de evolução da doença utilizam-se escalas de severidade que merecem consenso internacional.
Como a intenção da postagem é discutir possibilidades de tratamento na DP, não vou me aprofundar na descrição clínica.
Aguardem a próxima postagem.

Referências:

* Teixeira e Alouche - O Desempenho da Dupla Tarefa na Doença de Parkinson - Rev. bras. fisioter., São Carlos, v. 11, n. 2, p. 127-132, mar./abr. 2007


* http://pt.wikipedia.org/wiki/Mal_de_Parkinson

* APDPk - Associação Portuguesa de Doença de Parkinson - http://www.parkinson.pt/