"Não importa o quanto você sabe...
O que realmente importa...
É o quanto você se determina...
A aprender... "

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Participem!

Boa noite!
Gente, a intensão deste blog é abrir um espaço de discussão sobre patologias e tratamentos, tanto entre fisioterapeutas como pessoas "leigas" na área, mas que tenham dúvidas ou curiosidades a respeito da atuação fisioterapêutica. Acho interessante a participação, troca de experiências, debates e discussões. É um meio de nos mantermos atualizados e também conhecermos patologias ou situações que são raras. Quando comecei a atuar como fisioterapeuta, a impressão que eu tinha era a de que saí da faculdade sem saber absolutamente nada. Fui logo atender em uma clínica conveniada ao SUS, o que foi interessantíssimo e me amadureceu como profissional, pois me deparei com diagnósticos médicos que nunca havia ouvido antes... e eu precisava tratar o paciente. Alguns exemplos foram: a Doença de Wilson, que é uma doença genética onde há um distúrbio no metabolismo do cobre, gerando acúmulo inicialmente hepático e posteriormente em outros órgãos, levando à uma série de alterações, e dentre elas neuro-motoras, que é onde a fisioterapia entra atuando. Outra patologia que me deixou "doidinha" foi a Síndrome de Arnold-Chiare, não bem pela síndrome, mas por se tratar do SUS, e os exames de ressonância demorarem muito a serem autorizados. E a paciente não poderia esperar o resultado do exame para começar a ser atendida... e aí? Como tratar? Precisei pesquisar muito sobre a doença, vi que haviam graduações para ela... e precisei usar de bom senso para elaborar o tratamento.
Imagino que como eu, muitos também vivenciaram experiências diferentes, tiveram que ir atras do connhecimento sozinhos, entender a evolução e manifestação da doença para pensar como tratar tal paciente.
Participem do blog, fazendo comentários, levantando questões, relatando experiências, para que este espaço se torne interativo e sirva como um "grupo de estudos", ampliando nossos conhecimentos científicos. Àqueles que não entendem nada de fisioterapia, mas têm dúvidas ou curiosidades, participem fazendo perguntas que possam ser respondidas por mim e por outros profissionais fisioterapeutas.
Desde já, agradeço a todos que vêm se tornando seguidores deste blog.
Abraços a todos.
Veluciata Taveira

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Bursite Iliopectínea

As bursites já são patologias bem conhecidas popularmente, e um dos motivos dessa popularização é o fato de o nosso presidente em exercício afastar-se temporariamente das atividades devido à bursite sub-acromial em um dos ombros. Isso fez com que os veículos de comunicação buscassem conhecimentos acerca do caso.
Entre nós, fisioterapeutas, é caso comum algumas bursites, como a trocantérica e sub-acromial, que são as mais comuns das bursites. No entanto, na "mecanização" do nosso trabalho, esquecemos que em várias outras articulações há a presença de bursas que também podem inflamar-se, cujas manifestações nos deixam "desbaratinados", por nao correlacionarmos os sinais e sintomas com nenhuma outra patologia.
É o caso da BURSITE ILIOPECTÍNEA. Muitas vezes confundida com estiramento do músculo psoas, pode se mannifestar com dor na região inguinal, que também pode irradiar-se no trajeto do nervo femoral onde haverá queixa de dor na face anterior da coxa até o joelho.
Os sinais de confirmação da bursite sao: flexão resistida do quadril, palpação inguinal e extensão passiva do quadril podem produzir dor. Deve-se avaliar a marcha do paciente, procurando algum desequilíbrio de forças musculares que possa estar provocando o atrito da bursa e consequentemente sua inflamação.
O tratamento deverá ser baseado na avaliação fisioterapêutica, levando-se em conta o tempo de lesão, estabelecendo-se a fase do processo inflamatório, se agudo ou crônico, podendo-s e assim escolher o melhor recurso eletrotermoterápico a ser aplicado. Na cinesioterapia, constar no plano de tratamento o alongamento do iliopsoas, fortalecimento dos flexores de quadril, propriocepção, além de correção do desequilíbrio muscular que gerou a bursite.
Por hoje é só! Espero haver contribuído de alguma forma com vocês!
Abraço.